Votar
é um direito e um dever.
“Para
o cristão participar do processo político-eleitoral, impulsionado pela fé, é
tornar presente a ação do Espírito, que aponta o caminho a partir dos sinais
dos tempos e inspira os que se comprometem com a construção da justiça e da
paz” (doc. CNBB, regional sul eleições 2012, pg 2).
Caro
irmão leitor e eleitor, vivemos num tempo em que as formas de governos mais se
desenvolvem em direção ao bem comum e para o melhor desenvolvimento dessas novas formas e sistemas de governos, há
uma exigência, de que o cidadão comum, o homem de bem, passe cada vez mais há se
envolver e participar da “polis”. Pois para ser um cidadão, não basta só ser de
bem, mas sim participativo, tomar parte naquilo que lhe é direito, o
desenvolvimento sócio-comum. De maneira toda especial, estamos vivendo no tempo
propício, para se envolver, tem aí a frente as eleições 2012, o pleito para a
escolha dos novos governantes municipais.
Por
muitos motivos a CNBB (conferencia nacional dos bispos do Brasil) lança alguns
documentos especificamente para tratar do tem fé e política, cobrando de nós
cristãos uma melhor participação e escolha de nossos representantes, a Igreja,
pela pessoa de nossos representantes eclesiais, convoca todos os cristãos a se
envolverem com a política, para poder mudar a face de um conceito, de uma
categoria social, que foi ofuscada e sujada por alguma pessoa egoísta e algum
grupo nefasto, a política atual. A organização política é a forma que nós
encontramos para melhor desenvolver e organizar uma sociedade, por isso a hora
é agora, de nós filhos de Deus entrar em cena, mostrar nossa força de bem, de bom
senso e de dignidade humana, fazendo nossa escolha consciente em algum candidato,
que será nosso representante por anos.
É
um direito votar e por isso um compromisso de valorizarmos o que é de direito,
não votar implica em irresponsabilidade humana e social, de sociedade
organizada. Muitos queixam-se: não há um bom candidato para o pleito e quem
vamos escolher? Pois bem, a Igreja mesmo assim insiste, que mesmo assim devemos
escolher o menos pior, ou seja, de qualquer forma devemos participar da
escolha, fazer a nossa parte, de forma sincera, sensata e honesta, sem se
corromper, por trocas de favores, companheirismo ou venda direta do voto, pois
se omitir é entregar o seu direito de ação na polis, trocar ou vender seu voto,
é prostituir-se, é o mesmo que vender sua dignidade e liberdade, para passar a
viver como escravo de algum grupo ou pessoa, vendendo o seu voto, vende também
o direito de critica e de cobrança ao seu representante.
Quem
vende o voto, prostitui-se, quem compra, não fica com menos culpa, por isso
primeiramente é crime, e para o cristão uma implicância bem maior, também é pecado
mortal. Aquele que vende o voto se prostitui, aquele que compra se diverte com
a fragilidade ignorante dos mais fracos e miseráveis. Os cabos eleitorais que
fazem a ponte entre compra e venda, fazem o papel de cafetão (termo usado para
a “clássica” promiscuidade) ele faz um pacto com o candidato usurpador e
aproveitador, para lhe arranjar seus dóceis e amáveis eleitores, que por pura
ignorância, entregam a liberdade, a dignidade de si e a dos concidadãos, aos
cuidados desprazerosos de um mau governo.
Portanto
“para o cristão, participar da vida política do município e do país é viver o
mandamento da caridade como real serviço aos irmãos” (doc. CNBB, regional sul,
eleições 2012, pag 3). Devemos fazer a nossa parte, escolher bem um
representante e com consciência livre, para poder entender os caminhos da
salvação. Todos são chamados ao serviço dos irmãos, com perfeita dedicação,
numa terra de homens fortes e frágeis, de homens bons e maus, de homens
humanos, lobos ferozes, etc.
Muitos já não acreditam mais nas formas
e sistemas de governo, na política de hoje, mas é um equivoco, pois estes são
formados por homens com todos os tipos de paixões, porém devemos lembrar que é
o Espírito de Deus que nos aponta o caminho a ser percorrido. Não nos deixemos desanimar
ao olhar a nossa situação política hoje, pois o bom Deus reservou para Si, como
nos tempos do profeta Elias, que havia desanimado em relação à fidelidade dos
justos, “sete mil homens” que não beijaram e nem dobraram os joelhos a Baal; “o Senhor lhe disse: vai retoma o teu
caminho na direção do deserto de Damasco. Iras ungir Hazael como rei de Aram.
Ungirás Jeú, filho de Namsi, como rei de Israel e ungirá Eliseu, filho de
Safat, de Abel-Meúla, como profeta em teu lugar. Quem escapar de Hazael, Jeú o
matará e o que escapar da espada de Jeú, Eliseu o matará. Mas pouparei em Israle SETE MIL
HOMENS, TODOS OS JOELHOS QUE NÃO SE DOBRARAM DIANTE DE BAAL E TODAS AS BOCAS
QUE NÃO O BEIJARAM”. (Bíblia de Jerusalém, 1º Rs. 19, 15-18, pg. 449).
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